Conheça a Bolívia
Esta série compartilhará com você algumas informações sobre diversos países, inicialmente sobre os nossos vizinhos sul-americanos.
Informações Básicas
Mapa:
Nome oficial: Estado Plurinacional da Bolívia
Capital: A capital constitucional e judicial do país é Sucre. Porém, La Paz – que é a sede do governo da Bolívia desde 1898 – é sua capital oficial, apresentada como capital administrativa
Extensão territorial: 1.098.580 km²
Demografia: Possui densidade demográfica de 9,9 hab/km²
População total (Censo 2010): 10.724.705 habitantes
Fronteiras: Brasil, Paraguai, Argentina, Chile e Peru
Idiomas: Espanhol, Quíchua, Aimará
Localização: América do Sul
Moeda: Boliviano
Regime político: Democracia Representativa
Economia: Total do PIB: US$ 32.996 milhões
Breve histórico
Uma das primeiras civilizações que ocuparam o território boliviano foi a dos Tiahuanaco, sendo sucedida pelos Collas e, logo após, pelos Incas. Após a chegada dos espanhóis, que dominaram a região, foi fundada a cidade de La Paz em 1548. O nome Bolívia veio de Simón Bolívar, militar venezuelano responsável pela independência do país, proclamada em 6 de agosto de 1825, juntamente com o venezuelano Antonio José de Sucre y de Alcalá. O país foi chamado de República Bolívar e, posteriormente, apenas de Bolívia.
Já no início de 1809, surgiram os movimentos que visavam a independência do Vice-Reino do Prata, do qual o território da atual Bolívia fazia parte. Ao longo dos anos, diversos conflitos separatistas surgiram, porém foram reprimidos pela administração colonial espanhola.
Até 1828, Antonio Sucre foi o presidente da Bolívia, o primeiro, até que o governo foi ocupado por caudilhos – líderes político-militares. Entre os conflitos vividos pelo país, podemos citar as guerras contra o Chile (1879-1883) e o Paraguai (1932-1935), além de vários golpes militares para destituir os presidentes que tomavam o poder. A normalidade democrática só chegou à Bolívia em 1980, permanecendo até os dias de hoje. Seu atual presidente é Evo Morales, ex-líder cocalero, que permanece no poder desde 2006.
Relação Bolívia-Brasil e sua implicação na legalização de documentos
A relação entre Brasil e Bolívia se dá, principalmente, por meio de iniciativas como: cooperação energética, cooperação fronteiriça e combate a ilícitos transnacionais. A parceria energética entre os dois países inicia-se em 1958 com a assinatura das “Notas Reversais de Roboré”, que abordam, pela primeira vez, o tema da compra de gás boliviano e da construção de um gasoduto.
Em 1972, é firmado o Acordo de Cooperação e Complementação Industrial, a partir do qual o Brasil passa a comprar gás natural boliviano e inicia projetos que visam o fortalecimento da economia da Bolívia. Em 1999, é implantado o Gasoduto Bolívia-Brasil, um passo significativo no aprofundamento das relações bilaterais e que colabora na criação de oportunidades de inserção econômica da Bolívia no MERCOSUL. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, atualmente a Bolívia apresenta superávits comerciais com o Brasil, devido às exportações de gás.
A partir do Acordo Brasil-Bolívia de Facilitação para o Ingresso e Trânsito de seus Nacionais em seus territórios, assinado em 2004, o trânsito de brasileiros e bolivianos entre os dois países é facilitado, eliminando-se a necessidade de visto, por exemplo. Em relação à legalização de documentos, no caso de documentos bolivianos que serão apresentados no Brasil, ainda é necessária a prévia legalização pelo Consulado brasileiro com jurisdição sobre o local em que o documento foi emitido. No caso de documentos brasileiros que serão apresentados na Bolívia, é necessária a legalização pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo Consulado boliviano ou Embaixada da Bolívia em Brasília.
Organizações Internacionais das quais a Bolívia participa
Comunidade Andina, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional (FMI), Grupo do Rio, Mercosul (membro associado), Organização dos Estados Americanos (OEA), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização das Nações Unidas (ONU).
Curiosidades sobre a Bolívia
A bandeira estatal da Bolívia, adotada em 1851, é composta por três listras horizontais e o brasão de armas do país no centro. Já a bandeira nacional boliviana omite o brasão, porém leva as mesmas cores: o vermelho, que representa o sangue derramado pelos heróis para o nascimento e preservação da república; o amarelo, que simboliza o ouro, as riquezas e os recursos minerais do país; e o verde, que retrata a natureza e a esperança.
O estado brasileiro do Acre pertenceu à Bolívia até 1903. Naquele ano, foi assinado o Tratado de Petrópolis, através do qual a Bolívia abria mão do estado. Após o Tratado, o Acre foi incorporado ao território brasileiro em troca de 2 milhões de libras esterlinas, uma parte de Mato Grosso e construção da ferrovia Madeira-Mamoré.
As cores e tipos das vestimentas podem identificar a etnia ou o local de origem de um boliviano. O chapéu-coco, por exemplo, apesar de não fazer parte da cultura andina, é um adereço indispensável das camponesas bolivianas, as chamadas “cholitas“.
Muitos jovens brasileiros procuram por cursos universitários – principalmente medicina – na cidade de Santa Cruz de la Sierra, devido ao baixo custo. Porém, como o diploma não é reconhecido no Brasil, os formados precisam se submeter a um exame de revalidação para atuar aqui no país.
O maior deserto de sal do mundo está localizado na cidade boliviana Uyuni e possui aproximadamente 10.582 km². O lugar é conhecido também como “o maior espelho natural do mundo”, pois, quando está coberto com uma fina camada de água, reflete o céu.